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Mostrando postagens de agosto, 2020

Rótulos

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  Carta aberta aos que já foram julgados por erros passados.  Para aqueles que já foram rotulados mas que, em algum momento, já rotularam.  Destinado a todos vocês, que ousaram conhecer a pessoa que estava por trás de tantos rótulos. Segundo o site Wikipédia, rótulos são toda e qualquer informação referente a um produto. Entretanto, o que torna os rótulos interessantes, é que eles deixaram de ser usados apenas para produtos, ou seja, atualmente estamos constantemente rotulando as pessoas, muitas vezes sem perceber que talvez aqueles rótulos, não definem a pessoa. É possível observar situações como essas no movimento escoteiro. Quantas vezes um jovem rotulou outro jovem como um corredor ruim, pelos simples fato do jovem ser gordinho? Ou quantas vezes as meninas foram deixadas de lado, em algum momento por serem consideradas sexo frágil? Sendo que, em determinadas ocasiões as patrulhas compostas apenas por meninas, se saem melhor do que as mistas ou apenas as masculinas....

Agosto Lilás - Mês de combate à violência contra a mulher.

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“Eu sempre quis ser herói. Então decidi salvar uma vida diferente a cada dia. Hoje eu escolhi salvar a minha.”  (Arquitetando Poesias) Olá, meu caro leitor.  Meu nome é Maria Flor e sou vítima da violência contra a mulher. Talvez, você esteja se perguntando o que aconteceu, então deixe-me te contar   minha história. Eu sempre fui uma mulher que gostava da minha liberdade, não me apaixonava fácil e gostava de curtir minhas noites em bares e baladas, mas em uma dessas festas eu acabei conhecendo o João, meu atual marido e o meu agressor. De início ele sempre se mostrou um cara romântico e extremamente educado. Era atencioso, me respeitava e sabia me ouvir, porém conforme os meses iam passando, eu sentia como se ele estivesse se transformando. Sempre que íamos sair, eu vestia calças e vestidos longos. Não usava blusas curtas ou shorts, porque ele me dizia que era vulgar ou que eu ficava mais bonita com roupas longas. Comecei a sair apenas com ele, mal via meus amigo...

Meu erro não me define

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“Meu erro não me define” Geralmente ouço essa expressão na perspectiva de segunda pessoa: “olha você errou mas não fica assim”. Nesse olhar quem erra é o outro, cabe a mim ofertar consolo no sentido de minimizar o erro e ajudar na superação. Nem sempre há essa compreensão, na maioria dos casos, seu erro te faz enquanto pessoa. Nas redes sociais, substituímos o “bloquear” pelo “cancelar”. Se alguém de suas relações faz alguma coisa que você não gosta: Cancela. Somos o exemplo da ética, moral e da conduta irrepreensível, prontos para laçar o veredicto e, nesse caso, cancelar a outra pessoa. Basta uma fala, uma conduta, um equívoco para que a sentença seja proferida e sem qualquer chance de defesa, sem escuta, quase sempre sobra o cale-se. Continuamos na perspectiva de atirar as pedras, esquecendo que na mesma medida que medirmos, seremos medidos. E quando sou eu? Quando o erro foi por mim cometido. O que posso esperar dos que me conhecem? Posso dizer que cada erro que é por mim...

Resiliência

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Carta aberta aos que estão cansados de estarem aprisionados e, para aqueles que estão soltos pelo mundo, em busca da sobrevivência. Resiliência (s.f.) "É ir à guerra e voltar. É sentar com seus demônios,  numa mesa de bar e conversar. É apanhar de todo lado e levantar. É ter espírito boxeador, dar ganchos  de direita nas dificuldades e  nocautear a própria dor." (João Doederlein) Olá, meu caro leitor! Gostaria de te oferecer uma xícara de café ou até mesmo de chá, mas ando um pouco cansada e até mesmo perdida.   Às vezes sinto, que aqui dentro de mim, está tudo bagunçado, desajustado e quem sabe, até mesmo quebrado. Parece, que passei anos fora de casa e quando voltei às coisas ainda eram às mesmas, mas eu havia mudado.  No meio dessa pandemia, tive a oportunidade de passar um tempo comigo, de me reencontrar, de me conhecer novamente e, até mesmo, de reconhecer as pessoas que eu amo.  A pandemia me proporcionou novas experiências como Yoga e meditação, para...

Espaço de fala nos Grupos Escoteiros

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Vez ou outra levanta-se uma questão nos grupos virtuais que tem como temática o Movimento Escoteiro, que se refere sobre a “voz” do jovem nos grupos. Não raro são os que se posicionam sobre não sentirem que nos grupos onde praticam o escotismo o integrante juvenil tem sua fala ou reivindicações respeitadas, ou se quer ouvidas pelas escotistas. Um grupo de escoteiros é um espaço extremamente diverso, ali se encontram gerações, algumas saudosistas, outras melancólicas, outras ainda esperançosas, algumas em busca do novo, e tem as que buscam o velho, os que desejam aprender, ensinar, trocar, se ver, se abraçar, crianças, adolescentes, jovens, adultos, velhos e não velhos. Tantos encontros, por óbvio, trazem o conflito que, em sua essência não precisa ser ruim, mas uma oportunidade para se ver e se rever. Toda essa diversidade quer e precisa de voz. Mas para haver voz com qualidade há de se considerar uma necessidade salutar, a de escutar. Sobre esse tema Rubem Alves nos presenteia com...